quarta-feira, 23 de abril de 2014

Professora Marcimeire
Jogos na Alfabetização

Professora Rafaelle do Pré comemorando a Pascoa com seus alunos
Orientações Pedagógicas – 22 de abril de 2014
Caro Professor (a):
É importante que você sempre consulte e utilize a Matriz Curricular que lhe foi entregue no começo do bimestre , que  é um instrumento de apoio para o seu Plano de Aula,  que deve ser quinzenal;
Os conteúdos não devem ser negados aos alunos é um direito que lhes assiste;
Revisite também os subtemas do bimestre que devem  entrar também no seu planejamento;
Sabemos que nos preocupamos com a alfabetização e nos esquecemos dos conteúdos, por isso não planeje somente atividades conforme os níveis, é preciso conteúdo;
Os alunos precisam aprender, fazendo. APRENDER A APRENDER . Aprender na roda da conversa, no diálogo, na pesquisa, na confecção de algo, na análise, na reflexão, na produção, na criação, enfim, atividades que lhes proporcionem experimentar, ver, tocar. Ter as suas próprias criações, isso implica em menos gasto de papel e ganho de experiências.
 Planejar que atividades vão proporcionar o contato sistemático e significativo com práticas de leitura e de escrita, colocando em prática novamente o que você apreendeu no PNAIC. Elaborar a rotina semanal, a leitura deleite;
Planejar o tempo didático é fundamental para a aprendizagem. A criação de uma rotina, bem como o uso de diferentes modalidades organizativas - projetos, atividades permanentes, sequências didáticas -, pode auxiliar na administração do tempo. Prepare uma agenda semanal baseada na carga horária das disciplinas prevista no projeto político-pedagógico (PPP) de sua escola. Garanta uma distribuição equilibrada dos temas, articulando-os em campos de conhecimento: Linguagens (Língua Portuguesa, Arte e Educação Física); Matemática; Ciências da Natureza; e Ciências Humanas (História e Geografia). Lembre-se também de planejar bem as aulas de modo a não desperdiçar o tempo com atividades que não estavam previstas. Especialmente nos anos iniciais, é desejável buscar uma integração entre as disciplinas sem deixar de lado as especificidades delas. 
Para chegar ao detalhamento da rotina semanal de uma classe, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados para permitir às crianças entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. "E não é necessário ter sempre novidades programadas. A continuidade dá segurança aos alunos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles", explica Debora Samori, pedagoga e formadora de professores do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac). Um planejamento acertado contempla três tipos de atividade. 
1. Atividades permanentes  São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem: Leitura, leitura do alfabeto, dos números, do dia da semana, do combinado da sala, enfim.
1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc. 

2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc.
3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis. 
4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor. 
2. Sequências de atividades  São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto.
3. Projetos didáticos :São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD com a leitura de poesias, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.
LEITURA E ESCRITA DEVEM ANDAR JUNTAS.
Avaliar sempre.
É preciso saber administrar o tempo das atividades, pois a sala é heterogênea. Se você encher o quadro nem todos os alunos conseguirão acompanhar;
É preciso respeitar o tempo do aluno, andar pela sala e atender as especificidades.
Caderno do aluno deve ir para casa: Trabalhar na criança o senso de responsabilidade e o exercício de autonomia em relação ao próprio material escolar colabora para que ela aprenda a se organizar.


Os estudiosos não têm uma opinião só. Lourdes Atié, socióloga e especialista em Educação Infantil pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) acredita que a lição de casa não deve fazer parte da vida das crianças nesse período. "O que ela tem de fazer fará no universo escolar", defende. Para ela, as crianças pequenas não têm maturidade para construir seu papel de estudante e aprender a disciplina de estudo. "A consequência é que acaba sobrando para os pais", completa.

Na escola Estilo de Aprender, em São Paulo, os professores propõem de vez em quando atividades leves para serem desenvolvidas com a família, como leitura, desenhos e pequenas pesquisas. "Crianças de dois a cinco anos são muito novas para entrarem na rotina de exercícios formais da escola", explica a Coordenadora Pedagógica da escola Julia Souto Guimarães Araújo.
O importante, na verdade, é avaliar se atividades propostas são adequadas. "O eixo da aprendizagem na Educação Infantil deve estar na brincadeira",  .reforça Clélia Cortez, coordenadora Instituto Avisa Lá, em São Paulo. E a lição de casa também deve ter essa visão pedagógica: centrada em experiências lúdicas e na descoberta livre do mundo.
A lição de casa geralmente está associada a uma rotina estudantil mais formalizada e muitos pais se perguntam, com razão, se a escola infantil está certa em mandar atividades para casa. Eles se preocupam, pois a tarefa pode se tornar estressante e desanimadora, criando nas crianças até uma aversão aos estudos.
O problema não é a existência da lição de casa em si, mas se o formato e o conteúdo propostos são apropriados para a Educação Infantil. "A experiência nesta fase deve ser ligada à descoberta do mundo, do outro, da vivência e da brincadeira", completa Tânia Fortuna.
 Mandar Lição de casa duas vezes por semana, uma para o dia seguinte e a outra para a semana posterior. Para a escola, é uma maneira de verificar se a criança dá conta das atividades ou se precisa de mais auxílio.De preferência atividade que leve a criança ao raciocínio.
A capacidade de concentração das crianças pequenas é limitada.  Para crianças de 3 a 5 anos, esse tempo não deve ultrapassar 20 minutos.A atividade deve respeitar esse tempo.
Toda lição de casa é uma ponte entre a escola e a casa. E na Educação Infantil isso é ainda mais importante. A lição dá oportunidade para que a criança possa falar com a família sobre o que está aprendendo. Clélia Cortez, coordenadora Instituto Avisa Lá, em São Paulo, explica que isso melhora muito o aprendizado das crianças, "além de ampliar o relacionamento dos pais com a escola",
Quando foi uma atividade que foi planejada brincadeira como fonte de aprendizagem registre no caderno da criança o que foi trabalhado ou deixe que a criança registre através do desenho, isso para que o pais saibam o que foi feito nesse dia.
Os temas transversais deve fazer parte do conteúdo e não somente como data comemorativa.
O caderno do aluno deve ser corrigido. Não corrija com caneta vermelha em cima da escrita do aluno, respeite a sua produção.
Faça a correção no quadro e verifique se o aluno está realizando a correção no caderno.
Auxilie o aluno a usar corretamente o caderno. Escrever de uma margem a outra e não copiar até o meio do caderno. Incentiva-o a melhorar a letra e o cuidado com o caderno.

Diário: Registrar diariamente os conteúdos e não atividades e registrar as faltas dos alunos. Não deve conter rasuras.
O Diário é um documento que não pode sair da escola. Ele deve estar em sintonia com o Plano de Aula e a Matriz Curricular.
O Plano de Aula deve:
Conter o período: 15 dias
Áreas do conhecimento:
Eixos:
Conteúdo:
Os direitos de aprendizagem
Metodologia ,  Recursos e Avaliações
Estamos com muitos substitutos em sala de aula e isso tem sido questionado pelos pais e termina interferindo na aprendizagem dos nossos alunos. Como posso estar repensando essa situação para que não torne constante. Apenas, para refletir.
É preciso me colocar no lugar do outro. Como eu gostaria que fosse tratado o meu filho (a)? que ensino eu gostaria que ele tivesse? Como eu gostaria que fosse o professor (a) do meu filho?
Manter os alunos informados sobre o que será desenvolvido em aula e o que espera deles. Diariamente o professor pode colocar a agenda no quadro, relatando conteúdos a serem trabalhados, atividades e objetivos da aula. Assim, o professor (a) terá o aluno como parceiro.
IMPORTANTE PARA OS PROFESSORES QUE ESTÃO INTRODUZINDO OS ALUNOS NA PRODUÇÃO DE TEXTOS:
Hoje já se sabe que aprender a escrever envolve dois processos paralelos: compreender a natureza do sistema da escrita da língua - os aspectos notacionais - e o funcionamento da lin­guagem que se usa para escrever - os aspectos discursivos; que é possí­vel saber produzir textos sem saber grafá-los e é possível grafar sem saber produzir; que o domínio da linguagem escrita se adquire muito mais pela leitura do que pela própria escrita; que não se aprende a ortografia antes de se compreender o sistema alfabético de escrita; e a escrita não é o espelho da fala.
Quais habilidades preciso desenvolver em meus alunos para que eles possam escrever um texto?
·         Qual é a minha contribuição enquanto professor para desenvolver a capacidade de produzir textos em meus alunos?
·         Como direciono o antes, o durante e o depois quando trabalho a produção de textos com meus alunos?
·         O trabalho de revisão de textos em sala de aula está possibilitando o aprendizado para futuros textos?
·         Os critérios de correção estão possibilitando que meus alunos reflitam sobre a escrita?
·         Quais alternativas estou trabalhando para que os alunos encontrem estratégias que irão possibilitar o aperfeiçoamento de sua criação?
(Mesmo que seu objetivo seja que o aluno escreva para você ler/corrigir – sem a intenção de comunicação - é bom que criemos situações idealizadas para o aluno escrever e que ele veja objetivo na sua escrita. Vamos sempre lembrar que a escrita tem a função de comunicar e vamos incutir isso em nossos alunos para que eles não pensem que devem escrever só para a professora corrigir seus erros). Sendo assim, o tratamento que se dá à escrita na escola não pode inibir os alunos ou afastá-los do que se pretende; ao contrário, é preciso aproximá-los, principalmente quando são iniciados “oficialmente” no mundo da escrita por meio da alfabetização. Afinal, esse é o início de um caminho que deverão trilhar para se transforma­rem em cidadãos da cultura escrita.
Se o objetivo é formar cidadãos capazes de utilizar a escrita com eficácia, que tenham condições de assumir a palavra - também por escrito - para produzir textos adequados, é preciso organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola. É necessário, portanto, ensinar os alunos a lidar tanto com a escrita da língua - os aspectos notacionais relacionados ao sistema alfabético e às restrições ortográficas - como com a linguagem escrita - os aspectos discursivos relacionados à linguagem que se usa para escrever. (A produção de textos coletivos, em duplas ou em trios é uma estratégia que favorece o desenvolvimento de habilidades próprias para a construção de textos). Para tanto é preciso que, tão logo o aluno chegue à escola, seja solicitado a produzir seus próprios textos, mesmo que não saiba grafá-los, a escrever como lhe for possível, mesmo que não o faça convencionalmente.
Quando se analisam as principais dificuldades de redação nos dife­rentes níveis de escolaridade, freqüentemente se encontram narrações que “não contam histórias”, cartas que não parecem cartas, textos expositivos que não expõem idéias, textos argumentativos que não de­fendem nenhum ponto de vista. Além disso, e apesar de todas as corre­ções feitas pelo professor, encontram-se também enormes dificuldades no que diz respeito à segmentação do texto em frases, ao agrupamento dessas em parágrafos e à correção ortográfica. Uma das prováveis razões dessas dificuldades para redigir pode ser o fato de a escola colocar a ava­liação como objetivo da escrita.
Compreendida como um complexo processo comunicativo e cognitivo, como atividade discursiva, a prática de produção de textos pre­cisa realizar-se num espaço em que sejam consideradas as funções e o funcionamento da escrita, bem como as condições nas quais é produzida: para que, para quem, onde e como se escreve.
TRATAMENTO DIDÁTICO

Abaixo, estão relacionados alguns procedimentos didáticos para implementar uma prática continuada de produção de textos na escola:
·      oferecer textos escritos impressos de boa qua­lidade, por meio da leitura (quando os alunos ainda não lêem com independência, isso se torna possível mediante leituras de textos realizadas pelo professor, o que precisa, tam­bém, ser uma prática continuada e freqüen­te); São esses textos que podem se converter em referências de escrita para os alunos; (Na biblioteca iremos conseguir um acervo de livros literários, mas podemos pedir aos alunos que tragam de casa outros tipos de textos: informativos, instrucionais, entre outros. Podemos também oferecer aos alunos diferentes tipos de textos nas atividades xerocadas).
·       solicitar aos alunos que produzam textos mui­to antes de saberem grafá-los. Ditar para o professor, para um colega que já saiba escre­ver ou para ser gravado em fita cassete é uma forma de viabilizar isso. Quando ainda não se sabe escrever, ouvir alguém lendo o texto que produziu é uma experiência importante; (É um bom trabalho para ser realizado na Ed. Infantil).
·    propor situações de produção de textos, em pequenos grupos, nas quais os alunos com­partilhem as atividades, embora realizando di­ferentes tarefas: produzir propriamente, grafar e revisar. Essa é uma estratégia didáti­ca bastante produtiva porque permite que as dificuldades inerentes à exigência de coor­denar muitos aspectos ao mesmo tempo se­jam divididas entre os alunos. Eles podem, momentaneamente, dedicar-se a uma tarefa mais específica enquanto os outros cuidam das demais. São situações em que um aluno produz e dita a outro, que escreve, enquanto um terceiro revisa, por exemplo. Experimen­tando esses diferentes papéis enunciativos, envolvendo-se com cada um, a cada vez, numa atividade colaborativa, podem ir construindo sua competência para mais tarde realizar sozinhos todos os procedimentos envolvidos numa produção de textos. (A Oficina de textos é um trabalho muito rico. Antes do professor corrigir o texto que o aluno produziu, os colegas irão ler o texto, um dos outros e sugerir para o autor a correção necessária. Assim, discutindo, eles farão a revisão do texto e estarão em contato com diferentes formas de escrever – isso é um grande aprendizado. Peçam aos alunos que assinem o nome nas produções que leram. Depois desse trabalho de revisão, em diferentes duplas, o professor corrige o texto do aluno, utilizando os critérios de correção apresentados a seguir e o aluno irá redigi-lo fazendo as correções necessárias. A apresentação da sua produção para a apreciação é uma estratégia importante tanto para o aluno que apresenta, quanto para os alunos que são a platéia. Acredito que esse é um trabalho completo de produção de texto, mas que deve ser desenvolvido nas turmas que já construíram a base alfabética da escrita; caso contrário, não estaremos respeitando o processo de aquisição da leitura/escrita).
A Produção de textos por si só, não faz com que o aluno evolua no seu processo de criação, mas sim a qualidade de intervenção que lhe é dada.

O que o aluno deve saber antes de produzir um texto? Que elementos devo oferecer antes para que ele tenha um suporte para produzir um bom texto?


Coordenadora Pedagógica Flávia Frazão e Supervisora Neryne Guarim